sábado, 19 de dezembro de 2009

I'm the hero of the story, don't need to be saved

Era uma vez uma princesa em problemas. Reino atingido pela crise, tpm, carreira, blablabla,blablabla. Daí chega um príncipe feio, banguela, mas muito inteligente, que promete tirar a princesa daquela lama.

Eles vivem mais ou menos felizes para não-sempre. De vez em quando brigam, um dia bebendo demais aqui, muito ciúme ali. Ah, e eles tiveram uma princesinha, então eles viraram rei e rainha? É, acho que é.

Então eles continuaram a viver, naquela vidinha de sempre, certo?

Até que o príncipe- agora rei, achou que podia se sair melhor em outros oceanos. A rainha ficou devastda, mas o que se pode fazer nessas horas?

E a princesinha, agora já grandinha, ia observando os erros de seus progenitores. Vendo o que não fazer. E aprendendo.

Particularmente eu não sei o que vai acontecer com o Rei, ou com a Rainha. A princesa está só,pelo o que eu ouvi. Sem prícipes. Sem heróis.

Não que ela ache isso ruim. Ela curte os livros, vê seus filmes, ri com os amigos, e de vez em quando, de vez em quando, ela escreve em um diário.

Ela acha que pode ser feliz sozinha.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

New Freaking Moon

Enquanto a tela ficava no tom marrom dos posteres, a sala já gritava. Alto.
E ok, eu fazia parte os gritos também, mas só por diversão.Assim como Twilight, eu não esperava muito desse filme. Quebrei a cara, ainda bem, porque chris weiz totalmente justificou o Oscar que ganhou.

Se você já viu o filme e já leu o livro, sabe do que eu to falando. Lua Nova é considerado o livro mais chato da série, e eu mesma evitei lê-lo mais de três vezes. Tudo bem que o livro foi escrito pra ser um inside do estado emocional de Bella, mas mais de um capítulo falando de buracos no peito, depressão e perda de futuro já é demais, obrigada.

Mas Chris Weiz fez mágica com mais de 500 páginas do nhenhenhém de Bella. Já se podia notar a diferença de produção logo nas primeiras fotos. Nada de angústia adolescente, marasmo dos 17, confusão entre estilos. Desde a escolha de fotografia até a banda carro-chefe da produção ( Death Cab for Cutie, com Meet me on the Equinox), Chris deixa bem claro que esse é um filme feito por gente grande, com orçamento de gente grande.

Ainda assim, eu nao esperava nada além de algumas cenas boas, copiladas em trailers e videoclipes. Esperava a atuação sem jeito do Robert, a versão da kristen para bella ( que me fazia acreditar que a atriz não gostava de sua personagem) e o roteiro desleixado de Melissa Rosemberg. E ainda melhor, quebrei a cara de novo.

Todas as cenas, sem exessão, foram boas. Algumas ótimas. Por trás de cada tomada, era possível perceber que os detalhes foram pensados com minúcia.Havia dinamismo, os diálogos fluiam, em oposição a estranheza de Twilight. Os atores estavam mais a vontade, até mesmo os novos.

E falando em cast, grande parte do ótimo desempenho do filme deu-se ao esforço de cada um. Robert tem poucas cenas dramáticas, mas o faz com tanta perfeição que elas ficam na mente. Há, por exemplo, uma tomada de no máximo 10 segundos, supostamente no Brasil, quando Edward pensa que Bella está morta. Durante 10 segundos Robert nos convence que está sofrendo até a última célula de seu corpo, e sua expressão é impossível de descrever.

Outra coisa que se pode salientar: não se deixe enganar pelo aparente tédio constante de Kristen Stewart. Nem por sua fachada frágil. Enquanto muito a classificam de atriz-de-uma-expressão-só , Kristen realmente mostra porque está fazendo tanto sucesso, adicionando ferocidade e coragem à Bella. Apesar de ter exagerado nos pesadelos de Bella, ela consegue passar por cenas de ação ( que ninguém faz melhor que ela, diga-se de passagem. Kristen, apesar de sua personagem, é incrivelmente atlética, e lida muito bem com altas doses de adrenalida- melhor que qualquer um de seus colegas) e em segundos estar em cenas dramáticas, ao impedir que Edward seja executado.

E aqui eu faço uma pausa, porque não dá pra deixar de falar da tirada genial de Chris Weiz na luta com os Volturi. Enquanto Edward leva uma surra de Demetri, muitas vezes sua pele "racha", em continuação à quebra do mármore abaixo de si, demonstrando a semelhança entre sua constituição e a pedra. Genial, genial. E a sequência de luta, então? No words, seriously.

E por mais que tenha tido no máximo 4 falas, Dakota Fanning emanava poder. Com um simples olhar, um muxoxo baixinho, Dakota consegue ser mais malígna que a própria Jane. Mas ninuém duvidava que ela eclipsaria os atores,né?

E até Taylor Lautner estava bem. Apesar de ter sido constantemente exposto às futilidades da nudez desnecessária, Taylor tinha as reações certas nas horas certas. Ele é natural, consegue ser cômico ( a reação dele quando Mike o pede pra levar pra casa é hilária), agressivo e dramático ( até fazendo a cara de cachorro pidão).

As cenas dos lobos versus vampiros também... OH MEU DEUS, O QUE SÃO AQUELES LOBOS? DEMAIS, apavorantes, ágeis. E a combinação lobos+vampiros deu o toque que o livro não tinha.

A cena final, a do pedido,ninguém esperava.Ok, todos sabíamos que o pedido seria feito nesse filme, mas deixar o suspense foi outro golpe de mestre, deixando as fãs ansiosas para Eclipse.

Ainda tem muita coisa pra falar, como a atuação de Ashley Greene e Jackson Rathbone. Mas eu provavelmente precisaria do dia todo,então termino aqui deixando 10 estrelas para o filme.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Drowning on dry land, or something like that

E a expressão do momento é auto-comiseração. Pra quem não sabe, isso é algo como sentir pena de si mesmo. É,eu sei, vergonhoso.

O problema é que isso é tudo o que me resta agora.Porque de verdade, só tem uma coisa que eu sei fazer nesse mundo, e pelo que parece nem isso eu to fazendo direito.

Aqui estou eu, uma solteirona por escolha própria,com aversão e preguiça a relacionamentos, sem um pingo de vontade de conhecer gente nova, e chorando porque tirou notas baixas na faculdade. Diga, colega, é o não é pra sentir pena?

Agora se fico com a tequila ou com o choro eu não sei. Se alguém tiver uma dica qualquer, ficarei muito agradecida viu?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

just saying

So, as you might have noticed, I'm posting Libba Bray's Nowhere is Safe, published on the book "Vacations From Hell".

No,I'm not walking around saying I was the one who wrote it. I just liked it so freaking much that I wanted to share you a couple of friends, who are too lazy to even rent the book. yeah, I;m talking about you, Suh and Bee.

So hands up to Libba Bray and keep reading it, people. Of course I will post more of it, and I;m gonna put the author's name as soon as I finish it. But serisously, Suh and Bee, books won't bite you if you open them.

Because safe equals boring, Cabe

Não, não é porque eu to participando de uma promação que vou escrever isso. É porque os livros são muito bons, e já vão ganhar tradução pela editora Novo Século, e todos merecem ler e saber quão legais eles são.

Ok, nem eu acreditei em tudo isso.Ok, os livros são ótimos mesmo, e eles serão traduzidos mesmo. Mas se não fosse pela promoção, minha preguiça dominaria e esse post nunca sairia da minha cabeça. Ou o ciúme ilógico por minhas coisas favoritas me impediria de compartilhar com o mundo a descoberta dele.Shut up, Hunger Games.

Janie é uma garota ok, que não conhece o pai,é ignorada pela mãe e praticamente não tem amigos. Apesar disso tudo, ela não é reclamona e insuportável. Ela vive na parte mais pobre da cidade, aguenta o desprezo das colegas e espera ir pra faculdade, como qualquer uma de nós.
Só que ela sabe dos segredos de todo mundo à sua volta. Bem, pelo menos pra quem já dormiu ao seu lado.

Janie "vê " os sonhos de uma pessoa. Seja o que for que você sonhe, ela assiste aos seus desejos mais vergonhosos, conhece seus segredos mais sórdidos. Se ela fosse a gossip girl x.o.x.o,pode crer, a cidade viraria de pernas pro ar.

Só que não é por vontade de Janie. Ela é arrastada, orbigada a assistir os sonhos, e enquanto isso acontece, seu corpo meio que entra em colapso. E a cada vez que "volta" dos "episódios", ela sente que seu corpo se deteriora. Sem contar que se debater no meio da aula não é lá essas diversões todas.

E é no meio de um sonho que ela encontra Cabel, um colega de escola que até agora passava despercido. Por seu sonho ser tão assustador, Janie tenta se aproximar de Cabel, sem, no entanto, assustá-lo. Pelo menos ñão até uma viagem de colégio, onde Cabe presencia um "episódio" de Janie. A partir daí, Cabel passa a ser o confidente de Janie, que finalmente sente que pode talvez ser um pouco mais feliz.

Os livros tem um toque de tagédia e depressão, mas não são góticos ou emos. Têm humor que entretém, sem no entanto fazer caricaturas de personagens batidos pela cultura norte americana. E o que é melhor: o texto é construído de modo sucinto, mas não resumido. As orações são curtas, mas passam idéias muito mais abrangentes do que o tamanho de suas frases. E a autora realmente conquista o leitor, e torna suas personagens tão reais, palpáveis e críveis quanto nossos colegas de sala.

O terceiro e último livro da série, como título de Gone, será lançado somente em fevereiro. E as leitoras e fãs da série já sentem apreensão, a julgar pelo nome. Fade, o segundo título da série, deixou os leitores com um gostinho de quero mais, e lançou suspense, trazendo até mesmo certa angústia em virtude do possível destino de Janie.

Eu me conto como uma das fãs angustiadas, ainda mais com o "fear everything" que Lisa disse em um chat com os fãs. Aliás, aí está mais um plus. A autora é muito gentil com as fãs, e é acessível, respondendo sempre que possível e conversando normalmente com as leitoras.Não é necessário dizer que eu já sou super fã dela, né?

Aqui termina minha pseudo resenha, ou então eu falo demais e solto spoilers aqui e VÃO LER AGORA.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nowhere is Safe (pt 2)

I don’t know who got the idea first—might have been me. Might’ve been Baz or Baz’s cousin, John. Could even have been my BFF, Isabel. Just three guys and a girl withbackpacks, Eurorail passes, and two full months before we had to report to college.

Somehow we’d managed to blow through most of our money in a month. That’s when one of us—again, I can’t remember who—suggested we stretch our cash by packing it through Eastern Europe.“It’s that or we go home early and spend the summer at the Taco Temple handing bags of grease bombsthrough the drive-thru window,” Baz said. He was on his fourth German beer and looked like a six-foot-four, sleep-deprived goat the way he staggered around. There was foam in his new chin scruff.

“Can’t we go to Amsterdam instead? I hear you can smoke pot right out in the open,” John pleaded. Isabel shook her head. “Too expensive.”
“For you guys,” John mumbled.

“Don’t be that way,” Isabel gave him a kiss, and John softened. They’d been a thing since the second week in Europe, and I was trying to be cool with it. Izzie was worth ten of John, to be honest. “So where should we go? Not someplace everybody and their freaking aunt Fanny
go. Let’s have a real adventure, you know?”

“Such as, my fine, travel-audacious princess?” said Baz, being all Bazlike, which is to say just one toe over the friend side of the Cheeky-Friend-or-Obnoxious-Jerk divide. He tried to pat Isabel’s faux hawk. She shook him off with a good-natured glare and a threatened punch that had Baz on his knees in mock terror. “Mercy,” he cried in a high voice. Then he winked. “Or not. I like it
either way.”

With a roll of her eyes Isabel opened our Europe on the Cheap travel guidebook and pointed to a section entitled “Haunted Europe” that gave bulleted info about off-thebeaten-path places that were supposedly cursed in some way: castles built out of human bones, villages that once
hunted and burned witches, ancient burial grounds, and caves where vampires lurked. Werewolf or succubus hot spots—that sort of thing.

John tickled Isabel and grabbed the book away. “How about this one?” He read aloud, “‘Necuratul. Town of the Damned. In the Middle Ages Necuratul suffered from a series of misfortunes: a terrible drought, persecution from brutal enemies, and the Black Death. And
then suddenly, in the fifteenth century, their troubles stopped. Necuratul prospered. It escaped all disease and repelled enemy attacks with ease. It was rumored that the people of Necuratul had made a pact with the devil in exchange for their good fortune and survival.

“‘Over the past century Necuratul’s fortunes have dwindled. Isolated by dense forest and forgotten by industrialization, most of its young people leave for the excitement of the cities and universities as soon as they can. But they return for the village’s festival day, August 13, in which Necuratul honors its past through various rituals, culminating in a Mardi Gras–like party complete with delicious food and strong drink. (Necuratul is famed for its excellent wines as well as its supposed disreputable history.)
“‘Sadly, this may be the last year for the festival—and Necuratul itself—as there are plans to relocate the town and build a power plant in its location.’”

“Wow. There’s a happy travelogue,” Baz cracked. “Come to our town! Drink our wine! Ogle our women! Feast on our feast days! And all it will cost you is . . . your soul!”

“They’ve got great wine and a hellacious party? I’m there,” John said. He still had his expensive sunglasses perched on his head. His nose was sunburned. Baz drained his stein and wiped his mouth on his arm. “I’m in.”

“Me too. Poe?” Isabel held out her hand to me andgrinned. It was always hard to resist Izzie when she was being adventurous. We’d been best friends since seventh grade when she’d immigrated from Haiti and I’d arrived from the big city, and we’d held on to each other like
buoys lost on a dark, uncertain sea. I laced my fingers through hers.
“Town of the Damned it is,” I said, and we all shook
on it.

Nowhere is Safe (pt 1)

Hello? We recording? I see a red light, so I’m hoping my battery lasts. Okay, pay attention, because I’ve got only one shot at this, and it’s gonna come at you on the fly. If you found this on YouTube, you are seriously lucky, because you need to know this.Sorry about that banging in the background. It’s too hard to explain right now, and you don’t want to know what’s on the other side of that door. Trust me.

My name’s Poe, by the way. Poe Yamamoto. And that’s Poe as in Edgar Allan. Yeah, ’cause what guy doesn’t want to be saddled with that name? Crap, I’m all over the place. Okay. Focus, dude. Tell the story.

Let’s say you’ve just graduated high school and you’ve decided to celebrate the end of thirteen years of compulsory education with a little backpacking trip in Europe with some friends. You do the do: Paris, Dublin,Venice—which, by the way, smells like pigeon shit fried in grease—London (cold, wet, expensive, but you knew that), maybe some beers in Germany. And just maybe one of you says, “Hey, let’s go off the grid, check out some of these mysterious towns in Eastern Europe, hunt for vampires and werewolves and things that go bump in the Slavic night.” Why the hell not, right? You’re only doing this once.

So you pack it up and head east. You take a train through the kind of forest that’s older than anything we have here, older than anything you can imagine. Like you can practically smell the old coming off that huge wall of forever trees, and it makes you feel completely small and untested. Anyway. You get to a village and you notice the big honkin’ evil-eye pendants the locals hang from their windows.Maybe you even laugh at their quaint superstitions.That, my friend, is the kind of arrogant crap that can get a guy killed. It’s not quaint and it’s not superstitious.There’s a reason those villagers are still alive.

You hang out, eat thick, spicy stew, try to make conversation with the locals, who keep telling you to move on—go see Moscow or Budapest or Prague. Like they want to get rid of you. Like you’re trouble. You ignore them, and one day you and your friends might find yourselves venturing into that unfamiliar forest, winding through a thick mist that comes up out of nowhere.

This is not the time to stop and take a piss on a tree or make a travelogue video for your family back home.You know that prickly feeling you get on the back of your neck? The one that makes you scared to turn around? Pay attention to that, Holmes. That is a Me-No-Likee signal creeping up from the lizard part of your brain—some primal DEFCON center of your gray matter left over from the very first ancestors that hasn’t been destroyed by gated communities, all-night convenience stores lighting up the highways, and a half dozen fake Ghost Chaser shows on late-night cable. I’m just saying that lizard part exists for a reason. I know that now.

So if you’re walking down that unfamiliar path and the mist rises up out of nowhere and slips its hands over your body, turning you around until you don’t know where you are anymore, and the trees seem to be whispering to you? Or you think you see something in the dark that shouldn’t exist, that you tell yourself can’t possibly exist except in creepy campfire stories? Listen to the lizard, Holmes, and do yourself a favor.
Run.
Run like Hell’s after you.
Because it just might be.

We still recording? Good. Let me tell you what happened,while I still can.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Priscila

Eu mal a conhecia. Devo ter passado umas três ou quatros vezes por ela, como colegas de ensino médio.Não sei o sobrenome, não sei seus gostos,mal falo com seus amigos. Mas mesmo assim,o sentimento de impotência faz parecer que eu conhecia.

Não sei porque ela pulou, mas devia estar muito desesperada.Mais do que a tristeza de tpm, mais do que o desespero por se estar no escuro. Tão insuportável que a única saída que ela via era acabar ali.

Mas alguém, eu, você, poderia ter impedido. Ter dado um abraço, confortado-a, dando colo. Ou ao menos uma promessa de melhora.

Qualquer um, sério.

Porque, conhecendo ou não, uma menina de 18 anos partiu. Podia ser você, ou sua amiga, ou sua namorada.OU não, você podia até não conhecê-la.

Mas não deixe de sentir sua partida.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Você tira a garota do rock, mas você não pode tirar o rock da garota

Sim, sim, acredite se quiser, eu já escutei Rouge. E dancei. Dançava também as coreografias de N'sync, que se duvidar, eu as sei até hoje. Eu tive o primeiro cd da Britney Spears, cantava Spice Girls na embromation e adorava o rosa, o pink, e glitters.

É, shocking enough, eu já fui menininha frufrante.

Até que, na sexta série, me trocaram de sala. Justamente a sala das meninas metidas e odiadas. Eu não gostei muito não, mas como uam boa patricinha, empinei o nariz e fui resolver nossos problemas. Como? Eu comprava bombons de 5 centavos todo dia, e dava pra cada uma.

O importante é: isso realmente me mudou. Comecei a andar menos de salto, e a usar all star. Dizia não ao rosa, às unhas feitas e às frescuras com cabelos. Achava horrível roupa com babados, ou qualquer coisa que me remetesse a feminilidade. E passei a ouvir Linkin'Park.

Na oitava série, evolui de Linkin'Park, evanescence e afins para Pitty e System Of a Down (o cd Toxity, que é o que minha amiga tem). Lápis no olho, unhas pretas e MUITAS pulseiras no pulso, que, por influência do filme "Aos Treze", serviriam pra esconder as marcas inexistentes de cortes.


Okay, não é preciso dizer que eu virei gente, tomei rumo e mudei (não muito,ha) meu modo de vestir. Estou numa faculdade, me relaciono com vários tipos humanos, e now and then, posso até dançar um axé.

Claro que quando eu to sozinha, isso muda. É paramore explodindo caixas de som, kings of leon tentando me entorpecer, muse me obrigando a fazer air guitars, the killers tocando enquanto eu giro, e na tv, Avril Lavigne me fazendo lembrar dos meus treze anos.

Não se espante se você me ver um dia, já idosa, com unhas escuras e tocando guitarras imaginárias.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ainda não vou ouvir Evanescence

Desde que as aulas começaram, eu venho esperando que minha vida dê uma guinada. Tanto faz se é pra melhor ou pior. Só queria algma mudança.

Mas vai fazer 2 meses desde que saí do ócio inútil, vi gente nova, gente bonita, e gente um pouc interessante. E ainda assim, nada.

Há tempos noto um quê de depressão nos meus dias. Não quero fazer drama não, é só algo que eu notei.

Hoje tinha tudo pra ser lindo. O céu tava cinza, o vento era até friozinho. Ouvi a trilha sonora for walking mais feliz do universo, voltei de bom humor e fui assistir ao show da Amy Vinhocasa.

Agora me diz por que eu não me animo mais com nada?

E sabe o que é mais engraçado (ou não)? Não tem um motivo real.

É, então é isso. Nada de nada.

tshal -Q

sábado, 5 de setembro de 2009

êh caloura

Antes eu achava que quando eu traçava uma meta, eu fara de tudo pra alcançá-la. Porque sempre foi assim, se eu quisesse algo, eu conseguia. Chame de determinação, de teimosia, do que quiser, mas o fato é que era fácil fazer o que eu quisesse.

Agora mesmo a determinação não parece bastar.

Eu vi os veteranos do segundo período dissecando os novos cadáveres, senti o formol impregnado em cada cantinho da sala. E uma vozinha na cabeça me sussurrou:

- por que tu tá fazendo medicina mesmo?

E ok, dá pra ignorar, continuar a vida de caloura. Dá pra continuar a andar, ler, comer, ouvir música, voltar ao normal. Mas aí começo a estudar pra citologia, e a voz insiste:

- Não, sério, por que? Assim, tinha História, cara. História era uma matéria legal. Ou sei lá,tinha teu plano B. Administração e Moda não parecem ser tão ruins.

E é aí que eu sou orbigada a concordar.Não que eu vá desistir do curso,porque apesar de não tão glamuroso como é pintado aí fora, medicina ainda é meu sonho. Cheio de canecas com cafés, olheiras e mais de 24 horas no dia. But still.

-I don't wanna wake up just yet, thanks.

sábado, 29 de agosto de 2009

Love is such a bitch

Tenho uma tia que é mãe solteira de três meninas, e a mais velha têm problemas amorosos desde os onze anos de idade. Houveram inúmeras discussões mãe versus filha, o que pode ser resumido em a mãe dizendo para a filha ter cuidado com quem ela se apaixona, para ser sensata, e essas coisas que as mães tentam desesperadamente enfiar na cabeça das filhas. Mas minha prima, como a maioria das mulheres, decidiu por ignorar o que a mãe fala.

Há uns dois anos, essa mesma tia se envolveu com um homem, que, em palavras gentis, passa longe do sonho de mulheres sensatas. As irmãs tentaram (e tentarão até ela abrir os olhos, eu acredito) mostrar-lhe a verdade, que o príncipe encantado não passava de um sapo-verme. E é como ver a versão futura da minha prima. Ela não ouve, arranja brigas, e acredita piamente que toda a família, inclusive a mãe (minha avó,duh) está contra ela. Saiu daqui de casa chorando,hoje. E não há muito que possamos fazer. Ela tem que querer ver a verdade,primeiramente, e eu acho que isso não vai acontecer tão cedo.

Mas isso não é um retrato de como não existe o conceito de família perfeita, ou uma confissão amarga minha. É só mais uma amostra,um exemplo, de como o amor tem esse poder de te cegar, te torna outra pessoa. Ele chega como quem não quer nada, conquista tua amizade e simpatia, janta contigo nas quartas-feiras tediosas, e te passa a perna, pisa no teu rosto, te humilha, e te deixa pedindo por mais.

Mesmo assim, eu ainda tenho esperança que exista algo por aí como Elizabeth Bennet e Mr.Darcy.

Save Me

Sabe quando você era uma garotinha e acreditava em contos de fadas? Aquela fantasia de como sua vida seria - o vestidinho branco, o Príncipe Encantado que iria te carregar até o castelo. Você se deitava na cama à noite, fechava os olhos e acreditava piamente em tudo. No Papai Noel, na Fada dos Dentes, no Príncipe Encantado - eles tavam tão perto de você que dava para sentir o gostinho deles. Mas aí você cresce e um dia você abre os olhos e o conto de fadas desaparece. A maioria das pessoas acabam então se dedicando às coisas e às pessoas em que confiam. Mas o lance é que é difícil se desprender totalmente de um conto de fadas porque quase todo mundo tem um tiquinho de fé e esperança que um dia eles vão abrir os olhos e tudo aquilo vai se tornar realidade.
Ao final de um dia, a fé se torna uma coisa engraçada. Ela aparece quando você menos espera. É como se, um dia qualquer, você percesse que o conto de fadas é um pouco diferente do seu sonho. O castelo pode não ser bem um castelo. E não é tão importante ter um "felizes para sempre" e sim um "felizes nesse exato momento". E, uma vez ou outra, as pessoas podem até de deixar sem fôlego...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

As Não Tão Grandes Aventuras de Gabriela

A faculdade começou.Nova vida, novos colegas, novos locais, puro glam.
Só que..não é.

Eu começo a estudar sem carro, solteira, com uns quilos a mais e umas marcas indesejáveis da minha adolescência conturbada no rosto. Mas tudo bem, era só eu ligar meu danesse ( expressão mudada por questão de educação) e ser feliz. Quer dizer, cara, eu iria dissecar humanos de verdade!

Só que, claro, o taque do laboratório de anatomia tinha que quebrar, e o laboratório de citologia tinha que pegar fogo. Afinal de contas, não se pode deixar Gabriela Carolina ter um mínimo de glamour na vida dela, não é?

você- mas gabi, e os amigos?

Pois é, champs, conheci algumas pessoas. Mas aventuras de novos amigos, nenhuma, e não me pergunte porque. Enquanto minha amiga tem altas histórias envolvendo tardes agradáveis no novo e exagerado shopping da cidade, e uma direção literalmente cega, eu fico andando pra lá e pra cá com uns 5 quilos nas costas, rezando pra não ter uma enxaqueca.


Aí você tem. Nada de aventuras amrosas, amigos super populares e carros super velozes e furiosos.Somente papai me levando buscando, e figurino relaxado e bagunçado.

Mas nada que uma boa dosede Tequila e Kings of Leon não resolvam.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Manaus' Produtionc Presents

http://www.youtube.com/watch?v=Lr04o--YwSU


agradecendo ao cast (Thiago Mittoso , Camila, Suelen Suu e Su Sedução), ao pessoal da produção ( Suelen Suu e Ana Carolina Quimera) e, é claro, ao Peter Facinelli, a grande mente por trás disso tudo.

*derruba a pipoca de ouro*

e foi tão embaraçoso quanto vocês achavam que seria. Tchau.

sábado, 30 de maio de 2009

Sobre o amor e outras baboseiras.

Eu percebi que superei o pseudo. Há muito tempo. É até patético, ter que superar o que não houve. Pode parecer masoquista, mas eu gostava de estar apaixonada. Mesmo que por uma fantasia.

Muitas amigas estão sofrendo decepções amorosas. Muitos amigos estão chorando nos cantos por amores impossíveis. E eu ouvia tudo, acreditando que era uma besteira muito grande eles se deixarem influenciar por pessoas que nem compartilhavam o mesmo sangue (é, eu sou uma grande hipócrita).

Mas aí eu percebi que o problema era comigo. Porque uma vez superado o pseudo, eu não sentia mais nada. Não existia realmente nada pra sentir. Eu estou vazia, como uma concha.

Não que eu esteja infeliz. Só...oca.

E é aí que eu cheguei a conclusão de que estar triste, ressentido, magoado, angustiado, é melhor do que sentir absolutamente nada. Que ser capaz de sentir ódio, ciúme,melancolia, alegria, êxtase, tudo ao mesmo tempo, é o que nos faz humanos.

Sentir nada nos faz ser nada.

Então celebre suas feridas. Ostente-as com orgulho, de cabeça erguida. Não é vergonhoso perder amores. As nossas cicatrizes são sinais de que temos historia.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Where The Wild Things Are

Gostamos de pensar que somos seres racionais. Humanos. Conscientes. Civilizados. Pensantes. Mas quando tudo dá errado, mesmo que só um pouco, fica claro que não somos nada além de animais. Temos polegares opositores, pensamos, andamos eretos, falamos, sonhamos. Mas lá no fundo, ainda estamos ligados às nossas raízes primitivas, mordendo, dando patadas, arranhando uma existência nesse mundo escuro e sombrio como o resto doss sapos e dos bichos-preguiça.

Há algo de animal em todos nós e talvez isso seja algo a ser celebrado. Nosso instinto animal é o que nos faz procurar o conforto, aconchego, um grupo pra andar. Talvez nos sintamos enjaulados, talvez nos sintamos presos. Mas como humanos, ainda podemos achar caminhos para sentirmos livres. Nós somos os protetores uns dos outros. Mais ainda: somos os guardiões da nossa própria humanidade. E mesmo havendo um monstro dentro de todos nós... O que nos separa dos animais, é que podemos pensar, sentir, sonhar e amar. E contra todas as possibilidades, contra todos os instintos... nós evoluimos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bring The Pain

A dor chega em todas as formas possíveis. Uma dorzinha aguda, um pouquinho de depressão, a dor aleatória com que convivemos todos os dias. Então tem o tipo de dor que você simplesmente não consegue ignorar, um nível tão grande de dor que bloqueia todo o resto, faz com o que o mundo inteiro desapareça até que a gente só consiga pensar que o tanto que machucamos e a maneira com que lidamos com a dor é totalmente pessoal. Nós anestesiamos, sobrevivemos a ela, ou a abraçamos, ou ignoramos. Para alguns de nós, a melhor maneira de lidar com ela é atravessando-a.


[...]A dor. Você só tem que sobreviver a ela, esperar que ela vá embora sozinha, esperar que a ferida que a causou, sare. Não há soluções, respostas fáceis. Você só respira fundo e espera que ela vá diminuindo. Na maior parte do tempo, a dor pode ser administrada, mas às vezes ela te pega quando você menos espera, te acerta abaixo da cintura e não te deixa levantar. Você tem que lutar através da dor, porque a verdade é que você não consegue escapar dela e a vida sempre te causa mais.

Meredith: Eu menti. Eu não tô fora deste relacionamento. Eu tô dentro. Tão dentro que é humilhante, porque aqui estou, implorando—
Derek: Meredith—
Meredith: Fica quieto. Você fala "Meredith" e eu berro, lembra?
Derek: Lembro.
Meredith: Ok, lá vai. Sua escolha, é simples, ela ou eu. E eu tenho certeza que ela é ótima. Mas Derek, eu te amo. De verdade, daquela maneira que finge gostar do seu gosto musical, que te deixa comer o último pedaço do cheesecake, que aguenta a rádio com a cabeça fora da sua janela, daquela maneira triste que que o que me faz te odiar, me faz te amar. Então me pegue. Me escolha.Me ame.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Que rock é esse?

Por mais de 2 anos, venho navegando por um estilo musical idie kinda like.Músicas calmas, que falam de tudo absolutamente. E de tanto ouvir músicas calminhas e fofuletes, eu me tornei calminha e fofulete,deixando para trás a Gabriela explosiva da minha adolescência. O que se vê hoje é uma autêntica versão da menina pululante de tranças.Versão 1.8,tração nas duas rodas e tudo o mais.

Numa dessas andanças pelo mundo da música, eu "descobri" Muse. Que era justamente o que eu procurava numa banda de rock britânica: algo meio u2, mas mais hardcore(leia-se: hardcore NÃO é emotional hardcore.js)


Okay, a guitarra de New Born, Futurism,Starlight e afins me agradaram (MUITO), mas ficou faltando alguma coisa..algo que gritasse GABRIELA.

E aí,sem saber bem ao certo como, eu descobri Kings Of Leon.E me apaixonei.

A guitarra com um toque de country rock, aliada com a bateria meio que britânica, um baixo que conduz perfeitamente as músicas, e é claro, a voz rouca de Caleb, formam a inusitada combinação mais sexy do rock.Perdoem-me os fãs dedicados, mas Kol é isso: sexy.Mas não vulgar.

As letras transmitem amor carnal, tão marcado nas entranhas que torna-se uma necessidade, um vício.

E ao ouvir músicas como Arizona, California Waiting e Charmer, você automaticamente é remetido aos cheiros de tabaco e cerveja, de um modo muito sensual.

E sex on fire, bem, não é nem preciso mencionar.Sex song sem ser baixa, chula.

Sex on Fire

Lay where you're laying
Don't make a sound
I know they're watching (they're watching)

All the commotion
The kiddie like play
Has people talking (talking)

You...Your Sex is on fire

Dark of the alley
The breaking of day
The head while I'm driving (I'm driving)

Soft lips are open
Knuckles are pale
Feels like you're dying (you're dying)

You...Your sex is on fire
Consumed
Were the words to transpire

Hot as a fever
Rattling bones
I can Just taste it (taste it)

If it's not forever
If it's Just tonigh
tOh, it's still the greatest (the greatest, the greatest)

You...Your sex is on fire...
You...Your sex is on fire
Consumed
Were the words to transpire


Falando sério, depois de serem indicados por Rolling Stones, precisam de mais propaganda?


* E Caleb também é MUIIITOOOOO gato, MUUITOOO irresistível.Não que isso conte*

sábado, 16 de maio de 2009

Meredith Falou

Intimidade é uma palavra de cinco sílabas que quer dizer:
“eis meu coração e minha alma,favor moê-los,fazer deles um hambúrguer e bom apetite.”
É tão desejada quanto temida,difícil se viver com...e impossível de se viver sem.Intimidade também está ligada a três coisas inevitáveis: Família,romance e certos amigos.
Existem coisas das quais você não pode escapar.E outras que você prefiriria não ver.
Gostaria que houvesse um livro de regras para a intimidade.Algum tipo de guia que te avisasse quando você ultrapassasse a linha.Seria bom se pudéssemos prever.
Mas a intimidade não pode ser classificada.Você a agarra onde puder...e a mantém por quanto tempo puder.E quanto às regras...talvez não exista nenhuma.Talvez as regras da intimidade sejam algo que você tem que definir por si mesma.

direto de grey's

Uns duzentos anos atrás Benjamin Franklin revelou para o mundo o segredo do seu sucesso.”nunca deixe para amanhã,”ele disse,”o que você pode fazer hoje”.
Isto veio do homem que descobriu a eletricidade.É de se pensar que mais gente ouviria o que ele tem a dizer.
Não sei porque adiamos as coisas,mas se tivesse que advinhar,diria que tem muito a ver com o medo.Medo do fracasso,medo da dor,medo da rejeição.
As vezes o medo é só de tomar uma decisão.Pois...e se você estiver errada?
Se estiver cometendo um erro que não pode consertar?
Do que quer que tenhamos medo,uma coisa é certa,quando a dor causada por não se fazer uma coisa fica pior que o medo de fazê-la,parece que carregamos um grande tumor.E você pensou que eu estava falando metaforicamente.
Deus ajuda quem cedo madruga.Assa-se o pão enquanto o forno está quente.
Quem vacila está perdido.Não dá pra fingir que ninguém nos avisou.Ouvimos os provérbios,os filósofos,ouvimos nossos avôs nos avisar sobre o tempo perdido,ouvimos os malditos poetas nos urgindo a aproveitar o dia.Mesmo assim às vezes precisamos ver com nossos próprios olhos.Temos que cometer nossos próprios erros.Temos que aprender nossas próprias lições.Temos que varrer as possibilidades de hoje debaixo do tapete de amanhã até não podermos mais,até finalmente compreendermos o que Benjamin Franklin quis dizer.Que saber é melhor que imaginar.Que acordar é melhor que dormir.
E que até mesmo o pior fracasso,até o pior e mais irremediável erro...
é mil vezes melhor do que nunca tentar.

domingo, 3 de maio de 2009

Aaah, a independência

Depois de completados 18 anos, fui fazer o que pessoas de 18 anos fazem. Fui a uma boate que só aceitam maiores de idade, entrei, bebi e não gostei.Trabalhei um dia inteiro, e entre carregar caixas e mais caixas de maçãs e cortar caixos de bananas, cortei toda a superfície da mão.O salário? 30 reais em cash.

Mas Gabi, isso é tão pouquinho.

Eu fiquei feliz com ele. Guardei na minha carteirinha e fui ler um livro aí.

Pela primeira vez compraria algo e não receberia olhares fuziladores do meu pai. O cd do Kings of Leon tava garantido, no return. Maass..

Fui ao cinema e gastei todo.

Tinha feito altos planos também. Com esse dinheiro, investindo em uma poupança, rapidamente deztuplicaria, e aí compraria o dvd da primeira temporada de Veronica Mars, todos os cds do Muse, KOL e afins.

Mas quem levou a melhor foi o Wolverine mesmo.

E hoje meu pai comprou meu livro fofulete amor The Host. Com olhos fuziladores.

Yeah,old habits die hard.

sábado, 2 de maio de 2009

Gabrielando

Sabe, eu já tenho todo um layout novo pronto.Todo minha cara.
Mas ele já está assim,pronto e lindo, há umas duas semanas. Um dia,eu sei, eu vou arrumar, mas agora aproveito minhas tardes de forma poética.Ler, tomar café usando pijamas com o fone do Iphone no ouvido é,pra mim, o que há de melhor até agora.
Portanto, até surgir uma grande idéia, eu vou esquecer um pouco isso.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eu Amo O Rodrigo Bivar.

Bivar cu, já falei pra tu teres paciência. E cu vai ser teu novo apelido, cu. E sinta-se honrado de ter um post inteiro dedicado a falar do my love. E rs, se tu não tivesse pedido, eu nunca faria, rs.

Então pois é, o Bivar é o único macho, além do meu pai, pra quem eu disse I love you. Mas também Suelen Valeria tem suas duvidas sobre a masculinidade do dito. Eu me mantenho calada, beijos.

E ele me pediu pra ser criativa. HAHAHA, brincou né? Criatividade? Em mim?
aham, sneta lá Claudia.

Percebo que mais ofendo o fogão do que falo bem *pensa*

Tá, okay, serei mais dócil.

Eu amo esse fogão. Happy?

E acho bom tu me dar o robert pattison de presnete, seu vaco ¬

terça-feira, 14 de abril de 2009

as dimaior

Em três dias exatos compelto 18 anos. Daqui há dois dias mamãe irá comemorar com uma grande festa á lá dona Lia.
Mas eu honestamente não sei o que pensar disso. Porque alguma coisa mudou, e não consigo atinar o quê.

Afogarei a melancolia num bom copo de nescau.

sábado, 11 de abril de 2009

PMS

A TPM realmente é uma bitch. Mas ela pode ser util, te fazendo ver a verdade no mundo: as pessoas são muito estúpidas.

Exemplo número1: Idiota no cinema.

Por duas amigas com síndrome de sou-pobre-demais-pra-certas-coisas, fui assistir um filme tri lgeal no Amazonas Dead Shopping. Entramos na sala de cinema quente, abafada e com cheiro de mofo, e sentamos na primeira fila, se você estiver entrando.Cadeiras apertadas demais. Homem ao lado invadindo MEU espaço. Tudo bem, se fosse gato e inteligente eu iria considerar. tudo bem, não é preciso inteligencia, bastava ser um cara incrivelmente bonito.
Mas OH, desilusão. Feio, metido a rico, e imbecil. Imbecil e falante. Imbecil e tagarela que falou O FILME INTEIRO, a por pouco não cometo um assassinato.


Exemplo número 2: Idiota no salão.
Acordo cedo demais em uma manhã fria de sábado. Tomo meu café e ando uns 4 km, tudo pela felicidade do meu cabelo. Chego no salão pululante e alegre, e a cabeleleira me olho com uma cara de "ferrou".

gabby- oi, cheguei :D
cabeleleira- ahh,oi o_o

gabby- vamo começar? :D
cabeleleira- eerr, eu te remarquei pra três horas. Eu te liguei o_o

gabby - não, cu, eu fiquei todos os dias em casa, e no calls from you, bitch mentirosa cu*- aahh, ok, então eu volto as tres *com uma metralhadora pra te matar assim que emus cabelos estiverem prontos*

Exemplo número 3: Idiota no telefone.

Ligo pro consultório pra desmarcar uma consulta. Mas é claro que a atendente tinha que ser estúpida e mentalmente incapaz.

gabby- alo, bom dia, eu gostaria de remarcar uma consulta.
telefone- shihsihsishihsihshsihishihs
atendente- ceprondo, bom dia
gabby- oi, eu quero remarcar uma consulta.
atende- só um momento, por favor
*atendente começa a conversar com outrem sobre sua noite no Forró do Bagaça*
*gabby desliga o computador muito fula**liga de novo*
gabby- eu só queria muito remarcar uma consulta.
atendente- ahh, desculap, esqueci!!!
*não, jura? porque você é muito esperta, não?!*

Depois dessas, só mesmo um bom copo de sorvete e dvd's de Friends pra melhorar o humor.


Mas o mundo vai continuar sendo imbecil.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

sonho de consumo número 2


Desde os velhos tempos de the oc venho querendo um desses. Ele é lindo, ele é amor, e ele desliza. Ele é perfeito, e o Cohen deu um de presente pra Summer, e eu quero um. Sim, eu sei que tenho um celular otimo, e nunca, NUNCA vou abandoná-lo. MAS EU QUERO ESSE TAMBÉM!!!! E eu vou ter...
QUESTÃO DE HONRA!!!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Je ne se quá, abrasileirado,por favor.

- Sabe Quando você tá afim de desenhar, mas não sabe o quê?
- hum.

- Ou quando vocÊ precisa terminar uma história, mas não sabe como?
-hum.

- Quer ler,mas já leu ABSOLUTAMENTE tudo?
-hum.

- E não tem tédio, mas há um burburinho de alguma coisa fervilhando debaixo da superfície, tão promissor,incontrolável e proibido que te mistifica e te deixa ansiosa, tudo ao mesmo tempo.

- Não, não sei...

- Não imagienei que soubesse.

domingo, 5 de abril de 2009

SQUEE


Sempre que eu ficava acordada até tarde fazendo nada exatamente, eu ouvia um barulho estranho. Sempre corajosa, ignorava o barulho e ficava debaixo das cobertas, com medo demais até de respirar. Até que um dia a necessidade foi maior.


Eu estava com fome. E havia nescau em casa. Então eu fui fazer. Mas tragédia.


PAMPAMPAM. Os copos e talheres estavam do lado de fora da casa, na nova área. Medo, mas o instinto de sobrevivência era maior.


Enquanto estava lá fora, e o mundo estava escuro (ok, a luz só estava apagada), eu ouvia uns squee's. E PAMPAMPAM [2], UMA LAGARTIXA CAIU, E EMITIU SEU SQUEE.


Achei tudo muito estranho,pois lagartixas não emitiam som algum. So far.


Voltei para a sala, a falar com uma amiga. Eis a conversa:


"-gente, a coisa mais estranha aconteceu!! uma lagartixa fez SQUEE pra mim {A}

- séériooo, lari??? ELA FEZ SQUEE PRA MIM TAMBÉM E DEPOIS CAIU {A}

- E eu não sabia que lagartixas emitiam sons

- Nem eu!!!"


Deposi de muito pensar, eu e lari chegamos a uma conclusão lógica: todo o disfarce de não emitir sons era parte de um plano para dominar o universo. Não,amigo leitor,as baratas não dominarão este planeta. As verdadeiras inimigas são as lagartixas.


Com seus squee's, elas podem te domiar, provocando desorientação, a.k.a escrever errado, e então todos pensam que você, amigo contaminado pela lagartixa, está louco e perigoso para a sociedade, e levam-no para um manicômio.


O squee por ela emitido se propaga por ondas até o hipotálamo, centro de controlo do corpo. Uma vez atingindo pelo poder squee, ele desestabiliza todo o controlo do corpo, e você se atrapalha para qualquer atividade.


Esse é o modo como elas trabalham. Cuidado, amigos, cuidado com os squee's. Uma vez alerta, fica mais fácil escapar.





*obs: larissa tassinari e gabriela malta correm perigo por revelar o malígno indestrutível plano da geração squee. É pedido a familia e amigos que se mudem de país e troquem de nome, para a própria segurança*

sexta-feira, 27 de março de 2009

The Host


Sim, essa é de longe a melhor obra de Meyer. Pode não parecer, mas a mórmon dona de casa, mãe de três, tange em pontos cruciais discutidos até hoje por antropólogos, psicólogos e todos aqueles que lidam com o ser humano e sua psíque.

A ficção científica da invasão alieníena da Terra, e a consequente eliminação dos seres humanos, contado pelo ponto de vista do invasor, é na realidade uma metáfora para os questionamentos comuns dos estudiosos da mente humana.

Não que haja presunção na escrita. Na realidade, Meyer mantém o ritmo simples e fluido que é sua marca registrada. Seu grande mérito foi ter a sensibilidade de perceber o quanto de nós é necessário para manter o mundo, e o quanto dos nossos atos são guiados pelos instintos.

E há a presença da fatalidade na obra. Wanda, personagem principal, junto com Mellanie, enfrenta consequencias para seus atos. Cada escolha tem seus ganhos e suas perdas. E no meio de uma guerra mental, wanda tem que lutar pra se adaptar ao turbilhão de emoções que um corpo humano traz.

Esse é outro mérito de Meyer: não usar a violência óbvia para atrair e prender leitores. Suas lutas principais são travadas na mente, e o jogo de palavras, pensamentos e racicínios decide quem sai vencedor das batalhas que ela escreve. Nada de sangue jorrando a 6 metros, ou corpos explodindo, ou tripas penduradas. A principal arma que se usa é a inteligência.

E, no término da leitura do livro, fica a pergunta: até que ponto a violência é necessária? O quanto dos nossos instintos podemos controlar? E o quanto de nós mesmos, de nossos sentimentos, sobrepõe esses instintos?



Mas se ainda assim você quiser ler crânios quebrando sozinhos, e grandes gosmas com dentes afiados engolindo seres humanos inteiros, pega um livro do King.

Crepúsculo


Okay, no mudo cult gostar da série Crepúsculo queima muito, e eu devo dizer, se prestarmos atenção na maior parte das fãs, dá pra sentir vergonha. E não pouca.


Mas o caso é que eu gosto. E muito.


Eu sei que não é o melhor livro do universo, e eu já li várias obras boas, vários autores consagrados e tudo o mais. Mas os livros da Stephenie são os meus favoritos, e ponto.

E sim, vou fazer uma resenha dele. Se quiser, leia. Se não, tem um xiszinho vermelho no canto superior direito da página que vai te ajudar.

Ao ler a primeira vez, a primeira reação é a raiva. Porque uma menina idiota é a peça central desse livro? Porque essa tal de Bella simplesmente não dá um tiro na cabeça e faz do mundo um lugar mais feliz?

Isso,amigos, passa. Ou não né, mas aí não é culpa minha.

Depois você a entende, e até a acha fofinha e engraçadinha. Tipo o Cérebro, do Pink e Cérebro.Ou a Monica, de Friends. Ou só alguém que cai muito mas é legal.

E depois você conhece esse tal de Edward. E ele é ok. Tipo claro, bonitão, mas o mundo tá cheio de bonitões chatófilos mesmo.

E aí eles começam a namorar e o livro é sobre as descobertas deles. Eles testam limites, burlam as regras normais de convivêcia humano/vampiro. Mas a descoberta mais importante é a deles como seres que podem amar loucamente. Não o amor normal homem/mulher, mas aquele que faz de você uma pessoa capaz de se sacrificar.

E isso tudo poderia ser transformado em algo muito clichê, mas a linguagem simples da Meyer, um tanto destonada com o universo teen, torna o amor deles fácil como respirar, fluido.

E conforme passam os livros, por incrível que pareça, esse love todo cresce, a relação de fortifica-se. E os dois crescem, evoluem.

E no quarto livro há o ponto máximo do relacionamento dos dois, que eu não vou revelar aqui caso, por algum milagre, isso desperte o desejo de ler o livro. Basta dizer que o final é feliz.

E quando todo mundo achava que a Steph havia cansado, BANG, os doze primeiros capítulos de Midnight Sun, o Crepúsculo pelo ponto de vista do Edward,vazaram na internet,segundo um pronunciamento oficial.

E é aí que Meyer mostrou a genialidade da saga. E por genialidade eu quero dizer romantismo.É incrível que homem possa sentir o que Edward sente. Incrível, mas não impossível. E somente aí você tem razões suficientes para admirá-lo ( ou amá-lo, no meu caso).

Mas uma coisa não me agradou na série. Não há consequências para os atos da Bella. No final, tudo dá certo pra ela. Por mais erros que ela cometa, não há castigos, não há um contrabalanço. E a impressão que fica é que ser humano não faz a mínima diferença. Ela descartou com tanta facilidade, e ainda assim foi feliz, que eu me senti um lixo por ser humana e não existirem vampiros.

Talvez por isso o ódio de muitos a série. Em todo livro com o tema vampiro, há a melancolia da privação da humanidade. Os vampiros têm superpoderes, mas não vivem de forma plena, e no fim desses livros você leva as mãos pro céu por ser como é.

Mas se Stephenie Meyer pisou na bola com Crepúsculo e afins, ela kick ass com sua outra obra, muito mais brilhante que a saga Twi.

É com prazer e alegria que apresento.....

quinta-feira, 26 de março de 2009

December baby

As luzes brilhantes me segaram por um momento. Claro,era dia. Com sol forte. Resplandecente.Mas os olhos dele estão distantes. Frios.O tempo seco previsava a neve. Floquinhos de formatos diferentes, se amontoando pelo chão. Seria divertido.

Se os olhos dele me focalizassem.
Por um instante,ao menos.

The colored lights, they brightly shine
unlike your eyes
Avoiding mine
The snow is folding,
sheets upon sheets

Antes ele estaria segurando minha mão. Se eu quisesse alcançá-lo, elas, nossas mãos agora frias,poderiam estar entrelaçadas. Mas eu não quis. Não naquela hora.
E se arrependimento matasse?


Our hands are not holding
As we cross the street.

Ele andava agora na minha frente. Literalmete. Sorria para os colegas, e tinha uma expressão estranha para mim.
Farto de mim.


You have had your fill, your fill of me
You have had your fill, your fill of me.
E agora ele não me queria mais. Estava cheio de mim. Antes, éramos alguma coisa. Mas ele estava muito a frente, e eu não queria alcança-lo.

How can I catch up when I don’t want to?
How can I catch up when I still want you?

Ele se foi em Dezembro. E seria meu doce Dezembro .

December baby, you are my
December baby, you are mine.

quarta-feira, 25 de março de 2009

da série O Que Fazer?

Minha amiga queria idéias para sua fanfic, e eu disse: "ué, usa a idéia do drama bolena e tal", e ela ficou sem saer o que era. Quaando dei por mim, já tinha relatado a história da política inteira até o bill of rights. E todo mundo me olhou como se fosse louca.
Tudo bem, isso passa.
E essa mesma amiga me perguntou porque minha única fanfic era apenas um parágrafo. No que eu respondi: "porque eu queria algo meio epifânico, meio Clarice Lispector". E, surpresa,surpresa, me olharam como louca. E a incontrolável aqui saiu tagarelando sobre os contos da clarice. e de novo, o olhar de louca.
E aí essa amiga louca ataca de novo. Ela pergunta que diabos é isso:
35 litros de água, 20 quilos de carbono, 4 litros de amônia, um quilo e meio de cálcio, 800 gramas de nitratos, 250 gramas de sais, 100 gramas de nitrogênio, 85 gramas de enxofre, 7.5 gramas de flúor, 5 gramas de metais, 3 gramas de silício e mais 15 gramas de porções materiais.


E eu respondo: é o corpo humano, oras.
e sou tratada feito louca mais uma vez.

Qual o ponto desse post então. Gabriela louca?
- saber que diabos fazer com a cultura inútil do vestibular!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Eu nasci com cabelo enroladinho, cheio de caichino na minha caichola, toim-toim

Eu estou usando meu cabelo cacheado. 4 anos inteiros usando as madeixas lisas, e agora eu estou usando meu cabelo cacheado.
Uso a frase "estou usando meu cabelo cacheado" como um mantra. Pra ver se eu me sinto melhor com ele cacheado.
E funcionou nas primeiras horas. sabe aquela mulher do comercial das lentes trasintion? Estava igual. Daí, algumas horas depois, e algumas danças mais tarde, ele estava uma juba.

então chapinha, aqui vou eu.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Patética parte 5

Meus ultimos dias tornam-se mais felizes. Eu fico mal por um tempo a cada olhar dele, mas rapidamente me distraio. Eu realmente tenho os melhores amigos que uma garota pode pedir, e que eu provavelmente não merecia. Nosso grupo crescia, e alunos do cursinho entravam e interagiam conosco. E quando estava com meus colegas, nada me atingia (muito).

E então chega o dia da divulgação do resultado do psc. E isso gruda na minha mente, e não penso em mais nada. Meu porto seguro também não se concentra: Ayla havia prestado psc pra medicina, e no momento encontrava-se tão ou mais nervosa que eu. E de repente murmurios de felicitação são ouvidos. Um garoto havia passado. Para medicina.

Peço o celular de meu amigo emprestado, e vejo a lista de aprovados. Mas não vejo muito. Ayla toma de minha mão antes de eu começar a lê-la. E cai em desespero.

- Ai meu Deus!!! AI MEU DEUS!!! EU NÃO PASSEI!!! EU NÃO PASSEI!!- e a partir daí o choro a impede se ser entendida. Mas eu entendia perfeitamente o que ela queria dizer.

Taiane arranca o celular de suas mãos, me impedindo de entrar em desespero também.

- TÁ AQUI!! TÁ AQUI!!! TU PASSOU !!!! – Taiane berra a plenos pulmões.

Ayla olha para Taiane incrédula por meio segundo, e então grita furiosamente, icompreensívelmente. E me aproveito da distração e pego o celular.

Só havia uma Gabriela na lista. E não era eu. Não era eu.

A verdade cruel me atingiu como uma bala de canhão.

Eu não passei.

Não passei
Medicina estava fora para mim.

Por qu eu claramente era burra demais para passar.

Não me dei conta de meus atos, e me vi jogada na cadeira, escondendo o rosto, chorando furiosamente. Eu com certeza era a personificação do desespero, e eu realmente não me entendi. Não era minha primeira derrota.

Mas era mais uma derrota.

Eu não ia ser médica.

Eu sabia que estava fazendo uma cena, mas eu não conseguia me controlar. O choro passou a ser histérico, e nada que niguém fizesse ou dissesse me faria melhorar.

Ou assim eu pensava.

- GABRIELA, SUA TAPADA, TÁ AQUI TEU NOME!!! SUA RETARDADA, SUA LOUCA, SUA LESA, TU PASSOU!!!! PASSOU, IDIOTA!!!

Incrédula, pasma, encaro paloma, enquanto as palavras aos poucos faziam sentido. Meu nome. Na lista. Eu. Medicina. Eu. Passei. Entrei. Eu. Faculdade. Faculdade.faculdade.

E de repente eu estava gritando histericamente, caída de joelhos.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!! EU PASSEI!!! EU PASSEI!!! AI CARALHO, EU PASSEI!!! EU VOU SER MÉDICA!!!! TOMA!!!! TOMA, LESO!!!! AYLAA, AYLAA, PASSAMOS!!! A GENTE CONSEGUIMOS!!!! TU VAI TER QUE ME AGUENTAR PRO RESTO DA VIDA, HAHAHAHA!!!!

Eu pulava histericamente com Ayla, o mundo esquecido, o inferno esquecido. Meu maior sonho havia se realizado, e eu não podia pedir mais nada. Eu ainda gritava histericamente, acompanhada por ayla, quando o professor nos mandou entrar em aula.

E eu não entrei.

Em vez disso desci as escadas, numa felicidade inquebrável. Mas precisava beber água, se quisesse continuar gritando loucamente. E ele estava lá. Triste, tímido, encolhido. Isso me incomodou um pouco, porque naquele momento o mundo inteiro devia ser feliz. O mundo inteiro era bonito. E viver era uma das melhores coisas.

- e então, vocês passaram- o amigo dele nos pergunta gentilmente.

- Arrãm, passamos- Ayla conta, com o orgulho elevado ao infinito.


- ah, é? Pra que?- dessa vez ele, meu pseudo, se dirigia a mim. E olhando em seus olhos, respondi:

-Medicinia- enunciando cada sílaba com o ego inflamado.

Ele olha diretamente em meus olhos, falando intensamente:
-Parabéns.

E a partir daí há uma troca de carinhos, e felicitações, e abraços e beijos não expressos fisicamente, porque não era necessário. Pelo mais infinito dos segundos, olhamos na alma um do outro. Ele não precisava dizer que me queria. Eu não precisava expressar minha paixão. A compreensão disso tudo acendeu-se com um clique em minha mente. Eu podia ter quantos namorados eu quisesse. Mas nada seria comparado a isso. O nível de intimidade que havia na nossa troca de olhar não era atingido nem pela maior proximidade física. Naquele momento, eu era dele. E ele era meu.

- obrigada- com um sorriso enorme no rosto, saí ao sol para aproveitar a minha felicidade.

Patética parte 4

Pude experimentar o efeito venenoso do ciúme. Chego no cursinho e como sempre, ele edstá lá, com sua farda vermelha, lindo e alto. Sento em meu costumeiro lugar e percebo que ele está com uma menina magra, alta, de cabelos longos e lisos escuros, muito próxima do meu conceito de top model. Ah, ela deve ser uma chata, uma metida, uma esnobe, um lixo!!! Sabia que ele era superficial!!!

No intervalo desço para beber água. Enquanto bebo, viro-me de frente para o estreitíssimo corredor que dava acesso aos banheiros, ao lado do bebedouro. Ele está lá, parado, esperando por alguém. A modelo sai do banheiro e junta-se a ele, e naquele lugar apertado era impossível não cruzar com seu olhar. Uso a desculpa da minha pequena estatura ( comparada com eles) e abaixo a cabeça, enquanto ouço a risada baixinha que a menina dá. Ah, certo, eu devo ter parecido a perfeita panaca e ela deve ter achado a minha quedinha pelo seu namorado a coisa mais fofa do universo.

Odiando-me, volto para a sala, quando uma luz acende dentro de mim. Eu a conheço! E ela é legal!

Ele não é superficial. Sabia disso com toda a certeza do mundo, mais certa do que quando me foi mostrado que dois mais dois são quatro, e não três. Dentro de mim sabia que ela era simpática, extrovertida, divertida, sincera e bonita por dentro, também. Droga, droga droga!!! Eu sou apenas uma menina comum, e ela era espetacular, linda, extraordinária.

Não posso competir com isso. Nem em meus mais loucos devaneios posso me comparar a alguém como ela, porque ela representava tudo o que eu quero ser, e que não conseguirei de forma alguma. Enganando-me, disse para mim mesma que não havia nada senão amizade.

Taiane percebe minha desanimação, e tenta me consolar. Eu quero, mais do que tudo, acreditar no que ela me diz, convencer-me com suas palavras.

- ah, Gabi, vai ver eles são muito amigos. Olha só, quem me vê co, o Gian pensa que nós temos alguma coisa. Desencana, ele ainda é solteiro.

Esqueci de mencionar que todos dizem para eu ir falar com ele, para eu tomar coragem. Mas honestamente eu não vejo propósito nisso, visto que não existe futuro para nós dois.Não existe “nós dois”. Só eu e ele. Também não enxergo nada em mim que possa atraí-lo. Eu sou cada vez mais invisível, e a presença da garota linda gritava para mim o que eu infelizmente já sabia: eu não sou bonita OU interessante OU atraente sob nenhum ponto de vista.



Bufando internamente de raiva, resolvo ignorar o casal perfeição e me concentrar na droga dos estudos. Mesmo porque eu precisava desesperadamente passar no vestibular, e como. Era chave para me reafirmar como alguém que valesse a pena, alguém legal, interessante, inteligente e independente.

E pela primeira vez, pseudo facilitou o trabalho de esquecê-lo, ora faltando aula, ora trocando de turma. Eu sabia a razão, ou a modelo por trás dessa decisão, mas me concentrei em fingir que não ligava, e isso demanda tanto trabalho que tenho um pouco de sucesso.

Pouco a pouco, com a proximidade da prova do PSC, meus outros amigos juntam-se a mim no cursinho, e distrações não me faltam . Vez em quando me traio, imersa em devaneios, mas o tempo parece cada vez mais curto, e minhas preocupações ocupam minha mente.

Não noto, mas de repente estamos a uma semana do psc, a prova da minha vida. As aulas haviam acabado, e meu desespero era tangível. Nào ligava mais para aparência, não ligava para meu cheiro, dava pouca importância com que ele estava. A única coisa que existia em meu mundo era o fato da minha nota estar tão baixa que era preciso eu acertar a prova inteira, tirar a nota máxima em redação, para ter alguma chance de ingressar na faculdade de medicina.

E chegou o dia do psc. E passou. Achei a prova normal, muito do que eu esperava,e fui para casa, com minhas respostas anotadas. Em casa, vi o gabarito e chorei. Devo ter chorado a tarde inteira, durmi depressiva.Acordei desanimada. Era esse meu fim, não conseguiria passar.

Vesti uma rioupa confortável, evitei o falatório de minha mãe e segui para o cursinho. Não me importei que ele estivesse lá. Não me importei que ela estivesse lá. Eu só queria passar, e logo.

Uma das minhas melhores amigas entra no cursinho também,e serei eternamente grata a ela por ter feito aqueles dias cinzas um pouco mais coloridos. Ela me fazia rir, me fazia olhar e paquerar meninos bonitos. Fazia-me esquecer os problemas, esquecer minha baixa auto-estima.Ayla fazia eu me sentir bem, feliz.

Agora sentávamos nas carteiras da frente. A top model entrou, e cochichei para Ayla quem era essa magricela esnobe que passava por nós.

- Essa que é a top- sussurrei em direção a ela.
- Top não, gabby, é louva-Deus- Taiane solta em resposta.

Ayla olha por um momento para a garota de cabelos longos, que se sentara o mais distante possível de pseudo, com um olhar raivoso em sua direção. Ayla olha para mim maliciosamente. Mas o professor entra na sala e começa sua aula, e o que quer que a mente de Ayla havia produzido, no momento ficou guardado só para ela.

O sinal toca, e a top sai rapidamente, quase voltando. Enquanto ela passa por nós, ayla de repente grita:

- LOUVAAAAAA.- e olha sugestivamente para mim. E eu entendo o que ela quis dizer.

- DEEEUSSSSS- e juntas caímos na risada.

Minhas outras amigas, paloma e taiane, nos olham e também riem. Não me importei ( muito) que José fosse atrás dela, esse era meu momento de felicidade. Outro professor entra e a rotina continua.

Patética parte 3

Creio que, pela primeira vez, coro. Furiosamente. Mentalmente condeno Bill aos abismos mais profundos do inferno, peço ajuda a todas as divindades existentes e não-exitentes do universo. Tento voltar ao controle, mas é inútil. O matraquear do professor não prende minha dispersa atenção. Meus amigos percebem minha comoção, e caridosamente trocam de lugar.

Longe dele fica mais fácil me manter sã. As palavras finalmente parecem fazer sentido, sou capaz de resolver novamente as equações. Matemática,muito obrigada por ser o que é, por manter minha sanidade quando eu mesma não são capaz de faze-lo.

Animada, faço com facilidade a atividade proposta. Números, letras e soluções ocupam o lugar deixado pelas minhas neuras de adolescente. Nem ouço o que Paloma me diz, ou o que Bill me mostra. A matemática cura, que incrível!


A voz do professor me alerta, tirando-me de meus devaneios. Percebo que , mais uma vez, não possuo o material, e peço do professor, com a voz muito baixa. O professor entraga os papéis justamente para José. Sim, ele tem que me entregar. E sim,para isso ele tem que me olhar, e, mais importante,eu tenho que lhe dizer obrigada.

Levanto-me com a maior dignidade do mundo, vindo de não sei onde, e pego a folhinha de suas mãos, ah, que mãos! esboço um meio sorriso, tímido, e um obrigada murmurado sai de minha boca. Ele olha-me, e não diz “de nada”. não me sorri, e o olhar que me dispensa é o mais puro ódio, desprezo. Meu sorriso derrete como se ácido tivesse sido jogado, e volto envergonhada para minha carteira.

Mas a raiva toma conta de mim . mas eu não fiz nada, não disse nada, nem farei coisa alguma!!!!! Ele que pegue sua perfeição idiota e vá ser legal bem longe!!!

Isso me traz de volta a realidade. Novos livros, novas distrações. A prova no colégio, a prova de vestibular, cada dia mais próxima, colocam José no fundo esquecido de minha mente. A bagunça da rotina me mantém ocupada, volto a sorrir com as coisas mais sem graça. A presença dele ainda me incomoda, me tira do sério, me transforma em outra Gabriela, e é nesses momentos que a raiva de mim mesmo se mostra mais violenta.

Em casa, tudo que faço é dormir. Por isso me assusto com o toque do celular anunciando uma nova mensagem:
- Gabi,sua vaquinha! Por que tu não vieste? Você nem vai acreditar com quem eu conversei hoje!!!

Não, ele não. Qualquer um, qualquer todos,menos ele!

- Eu falei mesmo com ele. Nada demais. Só que ele estava sentado atrás de mim e do Valter. Aí ele comentou que o nariz dele tava muito ruim...aí a gente conversou um pouco. E só. Ele parece ser gente boa. Ele já foi, tava ruim.

Ai meu Zeus, ele estava doente!!! Eu devi cura-lo, consola-lo. Vai ver ele precisa de colo. Ou de um analgésico. Ou de mim.


Mas seu olhar naquele dia, cheio de rancor, retornam a minha mente. Que seja, nem me importo de verdade.


Não, eu me importava de verdade. Eu queria que ele estivesse bem, queria que seu nariz não o incomodasse e, acima de tudo, queria que ele me notasse. Mas não adianta, porque tudo o que eu faço me leva cada vez mais fundo para a invisibilidade.

Não me considero bonita, pelo menos para os padrões normais e regulares de beleza. De estatura média, pele morena acobreada, olhos castanho-escuros e cabelos no mesmo tom, nunca me destaquei na multidão. E esse fato nunca me incomodou.

Agora incomodava mais que tudo. Eu queria ser olhada por ele, queria que ele me achasse bonita, interessante e inteligente. Queria saber que o que sentia naquele momento era recíproco.

Mas ele não me notava, ou então não demonstrava. E faltava regularmente agora. Tentei pensar que não era a causa disso, mas não pude evitar que esse louco pensaento passasse pela minha cabeça.

Patética parte 2

Volto um pouco desmotivada para sala de aula, mas me recuso a deixar que minha amiga Paloma me console, porque honestamente eu não sou do tipo de pessoa que precise ser consolada. Esboço uns sorrisos amigavéis a ela, agradecendo a preocupação, mas afirmando veementemente ( talvez até para mim mesma) que estva tudo bem.

Mas não deixo de notar que ele olha de vez em quando na minha direção. Ao espreguiçar-se, ao jogar a cabeça pra trás, ele me olha, mas não me empolgo. ele deve tá curioso, talvez, ou é louco mesmo, penso desanimada.


Ignoro seus olhares contínuos e tento me concentrar no que o professor diz. Não é tarefa fácil,no entanto persisto e finjo não nota-lo. Em uma hora cruel, tenho que passar por ele, para pegar a apostila que o professor estava usando. Seguro a respiração, encolho a barriga, mas vejo que isso não é necessário: ele não tem o material também. Na hora de voltar, sou impedida pelo fiscal, uma vez que não se pode sair de sala e voltar no mesmo horário. Viro-me, e seguindo uma mania, encaro, distraída, o nada. Passo um bom tempo fazendo isso, quando percebo a direção do meu olhar. Ele me encara de volta. Confusão e curiosidade no meu olhar, vergonha e raiva no dele. Amaldiçôo minhas manias estúpidas e desvio o olhar, e tenho certeza de que, se fosse muito mais clara, teria corado furiosamente.

Esse simples evento foi o bastante par mudar meu tedioso cotidiano. Tornou-se comum o meu pensamento vagar entre as provas do colégio e ele. Ele também não ajudava, olhando constantemente na minha direção.
Logo minhas colegas percebem os olhares que dou, e minha cada vez mais presente falta de atenção, e para minha surpresa, descobrem a causa também. E estupidamente tiram fotos, com meu celular, das costas do garoto, e claro que, se pudesse, estaria corando.
- Carol, pára de bancar a idiota e me dá droga desse celular- digo, a raiva espumando em minha boca.

- Aaaaahh, Gabi, vai dizer que você não quer isso no seu celular?!

O que sai de minha boca são grunhidos raivosos, mas a verdade é que não apago a foto. Sempre só, encaro suas costas como se estas pudessem me sorri, me dizer que eu era a garota mais legal daquele lugar, e que minha aparência de Ugly Betty não importava, que era até engraçadinho. Ele não tornou a me olhar, e minha mente procurou não se importar muito com isso.

Mas algo já acontecia comigo. Não posso impedir meu coração de acelerar quando o vejo, ou deixar minhas mãos secas, ou de me fazer de idiota, tropeçando e caindo na frente dele. Mas isso não é muito surpreendente, levando em consideração a propensão que eu tenho para atrair pequenos acidentes.


Entretanto continuo indo ao cursinho como ia antes, falando com meus amigos com antes falava. A rotina torna-se uma companheira para todos os momentos, e o tédio de vez em quando junta-se a nós.

Sempre sento-me na carteira atrás dele. Primeiro porque quero esconder-me dele. Segundo porque é uma boa desculpa para de vez em quando olhar na direção dele. Os momentos difíceis são quando eu realmente preciso passar por ele, ou quando nos esbarramos na porta da sala.
É curioso ver como ele me faz olha-lo constantemente, ou a maneira que penso nele, todos os dias. A atração que sinto é forte demais, ultrapassa as barreiras que minha autoconfiança construíram no minuto em que me entendi adolescente. Eu me tornara o tipo de garota que tanto repudiara, aquela que segue a paixonite, que escreve seu nome dentro de m coração no caderno, que passa noites em claro imaginado-se ao lado dele.



Não gosto dessa situação, de não entender o que sinto, de reconhecer em mim todos os sintomas de estar apaixonada, mesmo sabendo que isso é impossível, que há pouco tempo eu estava apaixonada pelo único ex. este agora pertencia a um passado estranho, como se minha vida não me pertencesse até o momento em que vi o menino alto.

Odeio cada batida acelerada do meu coração, odeio o sangue enchendo minhas bochechas, o suor emudecendo as mãos, a cada olhar que ele me dá, cada vez que o vejo na frente do pequeno prédio.

E para piorar a minha confusão, eu nem ao menos sabia seu nome. Não sabia do que gostava de ouvir, do que odiava comer, do que achava da crise econômica que ameaçava bater em nossa porta. Como eu posso ser assim?? O nome, eu nem sei o nome dele!!!!

Paloma o conhece por alto, contando-me que achava que seu nome era Paulo, ou João, ou algo do tipo. Grande ajuda! Quem resove o problema com o nome é Taiane, uma novata, que o chama de pseudo-edward, em alusão à minha alma gêmea fictícia criado por Meyer.

Talvez tenha sido esse o motivo do meu súbito interesse. Talvez eu tenha refletido nele todo o romantismo e Edward, toda sua irresistível sensualidade. Tenho a sensação que o hálito dele é tão doce e frio e...beijável quanto o de Edward. Sim, exatamente igual.

Acredito que o fundo do poço tenha sido fuçar na internet à sua procura. Visitei páginas de quatro pessoas, duas conhecidas e duas desconhecidas, até encontrá-lo, enchendo-me de lágrimas e invadida por uma repentina empolgação quando o acho. Quando percebo minha atitude odiosamente infantil, repudio-me, enojo-me, talvez bato levemente em minha bochecha.

Mas não apago seu endereço do meu histórico. Por algum motivo,eu sei,preciso fazer isso, eu preciso de um pequeno pedaço dele, uma mísera parte do que ele é. Finalmente descubro seu nome. José Paulo. José Paulo, José Paulo, José Paulo. Certo, nem minha paixonite idiota faz o nome parecer legal de alguma forma.

É,disse uma crual vozinha n fundo de minha mente, mas você continua escrevendo Sra. José Paulo no fim de seu caderno. Instantâneamente travei uma batalha mental com essa vozinha, vencendo-a com facilidade. Mas isso não muda o fato de você ser a menina idiota que escreve o nome em um coração.

Tapo a voz com uma meia imaginária, e retorno às minhas atividades. Parece incrível, mas nem a presença de José basta para afastar a monotonia. Ainda chego atrasada, suada, desarrumada e cansada. É comum me ver carregando um copo com água. Entro na sala, os olhos varrendo-a em busca de meus colegas. Encontro uma nova amiga, Bill, e graças a qualquer ser divino ela havia guardado um bom lugar para mim. Por praxe meus olhos esquadram o colega ao meu lado. Sim , é ele. A dez centímetros de mim, a um suspiro do meu rosto, a um pequeno esforço das mãos. Minhas pernas balançam nervosamente em um tique incontrolável, e ao olhar na direção dele, vejo sua mão apoiada sobre a carteira, as palmas viradas, em um convite irresistível, tal qual a maçã de Eva.

Patética parte 1

O sol escaldante da cidade faz minha nuca suar. Droga, droga, droga, calor idiota! Rapidamente digo adeus à boa aparência de menina bem-arrumada, e entro no pequeno prédio branco, esperando mais um dia maçante de aula. Desejo um rápido bom-dia aos meus colegas e sento em meu lugar, abençoando quem quer que tenha ligado o ar-condicionado.Percebendo a demora de meu professor, tiro um livro sedutor, de capa preta estampado com uma maçã, e no mesmo instante sou tragada pela estória envolvente.
- Gabi, cuidado com o professor.
O aviso de Paloma me deixa alerta.Meus olhos varrem a sala à procura do “perigo”, mas me acalmo. Como sempre, o chato está atrasado. Melhor pra mim, eu tinha mais tempo para ler, pelo menos.

Estudo no melor colégio da cidade, à custa do grande esforço de meu pai, e faço o melhor cursinho pré-vestibular também, graças à amiga-herdeira-sobrinha-do-dono. E como se é de esperar, vejo muitos garotos bonitos todos os dias. Muitos. Mas não dou tanta importância pra isso, mesmo porque a maioria aparenta ser exatamente o tipo de pessoa que não consigo conviver: esnobe. E frequentando os lugares que frequento, conversando com quem eu converso, precebi que essa é uma característica quase vital pra sobreviver nesse novo mundo de privilegiados. Então eu me exclui. Mas não completamente. Conservo uns poucos ( e bons) amigos.

Porém um menino chamou minha atenção. Por causa dele olhei duas vezes para um garoto do cursinho. Ele tem a aparência do menino-bonito-comum: alto, cabelos louro-escuros, ou castanho, e olhos garndes, claros. Ainda assim, não consegui desviar o olhar dele.
No início achei que talvez fosse porque ele me lembrava imensamente o personagem do tal livro de capa preta. Mas sabia qua havia algo a mais. Eu nunca me interessei por ninguém só pela aparência, mas de alguma forma ele conseguia atrair minha atenção como um ímã.

Obrigo-me a ouvir ( e ver) o professor de biologia. Ele discute divisão celular, uma coisa que já sabia decorado, aprendido e cantado. Minha mente, outrora tão sã, me trai, e meus pensamentos vagam para o menino alto e lindo sentado em minha frente.

Etretanto tenho minhas distrações, mais eficazes que o falatório eterno do professor. Leio o livro, faço as tarefas escolares, passo bilhetinhos. O garoto, ainda bem, sai da minha cabeça.

Os dias passam, e esqueço desse episódio curioso. Minha rotina segue como sempre foi, alterada de vez em quando por um almoço com as amigas, ou um cinema com os amigos.
E ele continua na minha rotina também, esbarrando em mim de vez em quando. Não que isso seja surpreendente, é muito comum esbarrar em mim, uma vez que é difícil notar minha pequena presença.
O dia da segunnda prova do vestibular chega e passa muito rapida. O resultado sai enquanto estou no cursinho, e é morrendo de ansiosidade que saio na hora do intervalo e conecto à internet via celular. A decepção em meu rosto é clara,mas procuro mascará-la.

Eu não sou a única com a auto-estima baixa, então procuro consolar um amigo, enquanto fico feliz pelos que passaram, especialmente por uma amiga muito querida. Aliás, a notícia de sua aprovação apaga minha derrota da memória, e me vejo sorrindo honestamente para os aprovados.

Encostada na parede do prédio, noto que estou sendo observada. Estranho, penso, já que ninguém se incomoda em olhar muito tempo pra mim. Seguindo essa estranha sensação de vigilância, vejo-o olhando sério para mim. Tímido, meio triste. Enquanto seus amigos riem, ele sorri timidamente também. Coitado,pensei, ele não deve ter passado também. Uma onda de simpatia desconhecida me oinvade, e rapidamente a reprimo.